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quinta-feira, 22 de junho de 2017

CRÔNICA DO BOLÃO - A FALÊNCIA DAS INSTITUIÇÕES

Na graduação aprendemos duramente que lidar com pessoas é a tarefa mais difícil que existe.
Gerir pessoas, então, se torna um encargo tão descomunal que já foram escritos milhares de livros, desenvolvidas centenas de teorias gerenciais, palestrantes proliferam mundo afora, todos centrados na busca de padrões para administrar pessoas.
No entanto, a grande maioria falha ou trazem expedientes incompletos no seu conteúdo, por uma simples razão: todo o ser humano é único, ninguém é igual a ninguém.
Não se pode criar um "Manual ou Tutorial de Pessoas", também não é possível desligar, trocar ou ressetar um ser humano quando não funciona bem.
Por outro lado, todos fomos criados ouvindo dizer que a família é uma instituição sagrada e indissolúvel.
Nela são formatados o caráter das pessoas e todo um conjunto de diretrizes que vão dar a ela o modus operandi para a sua vida, ou seja, como ela vai "funcionar" perante a sociedade.
Ai entram: os valores, a conduta, os regulamentos, princípios, costumes, respeito, ordem e um dos mais importantes downloads: os exemplos.
Na família é onde se baixam os principais aplicativos das virtudes: a paciência (um pouco rara nas Play Store), a compreensão, a afetividade e principalmente, a tolerância (sempre em falta nas APP Store).
A exemplo de qualquer instituição, a família também requer uma boa gestão de todas as suas partes.
Quando qualquer um dos programas pára de funcionar, ocorre o desequilíbrio e as consequências são sérias.
Agora, o que uma coisa tem a ver com a outra e tudo isso com o Bolão?
Muita coisa, praticamente tudo!
O Bolão é uma extensão de nossas famílias.
O leitor que acompanha as nossas Curtinhas percebe isso claramente.
O Bolão, os Clubes e as Instituições só existem porque é para as pessoas que tudo se realiza.
Assim, os mesmos programas, aplicativos e sistemas operacionais do pacote das famílias também se aplicam diretamente ao Bolão.
O esporte só será bem sucedido se as pessoas que o praticam coexistirem em harmonia, não contiverem nenhum programa em conflito, ou vírus e se sentirem realizadas no que fazem, em casa e no Bolão.
Quando as famílias e as instituições que o cercam não funcionam bem, o Bolão se ressente também.
E para piorar, em nenhum outro momento da história deste país se viveu uma crise de identidade tão séria em nossas instituições, como agora.
Programas piratas contendo vírus estão disseminados e contaminando as famílias e instituições no país inteiro, mudando comportamentos, conceitos e os bons costumes. Novos e alarmantes passatempos surgem todos os dias,  como: o jogo dos crimes que viram direitos, a moda da inversão de valores, a batalha do desrespeito generalizado, o desafio das pessoas auferindo vantagens e alcançando propósitos na premissa do "Custe o Que Custar", e a vida sendo desrespeitada em nome do último jogo que chegou às lojas de aplicativos "O Importante é ser Feliz".
Fica difícil, assim, enxergar algum futuro promissor pela frente.
Não se trata de uma falso moralismo, mas de uma terrível constatação de que as coisas não estão bem.
O ser humano, hoje em dia, está desprezando cada vez mais programas e downloads importantes para o bom funcionamento do sistema da vida, como o das reflexões morais, o de civilidade e o dos princípios éticos.
A família e o Bolão talvez tenham que reformatar e reiniciar todos os seus sistemas operacionais, baixar novamente os "programas originais" e começar tudo de novo se quiserem sobreviver neste inquietante cenário.

Por José Carlos Werle
Por um Bolão Forte e Pujante!

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